Estrela é a cidade onde meus pais moram faz 13 anos. Eu vivi lá aproximadamente 12 deles. Com 30 mil habitantes, o círculo de amizades é grande. Se não conhece todos, conhece alguém da família.
Quando me mudei pra Porto Alegre, cidade com 1,5 milhão de habitantes, a coisa é diferente. É muito difícil encontrar alguém conhecido quando se sai de casa. Nem mesmo meus vizinhos de andar eu conheço. Se conheço é de vista. Se quer sei seus nomes e o que fazem da vida, há quanto tempo moram ali.
Eu e minha amiga de sempre até sonhamos em fazer uma festa de integração pro pessoal de prédio se conhecer e nós fazermos algumas amizades. Afinal, são 24 andares. Cada andar tem quatro apartamentos. Mais vizinhos do que eu tenho em três quadras lá em Estrela.
O difícil seria se organizássemos mesmo essa integração. Enviaríamos o convite, mas quem acreditaria na gente, sendo que nem nos conhecem? É complicado isso. E na capital o pessoal tem receio de qualquer coisa.
Assim, vou conhecendo meus vizinhos aos poucos. Mas só de vista. Um “oi” e um “tchau” no elevador. Passarão muitos anos de minha vida, verei as pessoas todos os dias, mas só.
Cada vez mais me certifico que é “cada um por si e Deus por todos”.
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