terça-feira, 4 de novembro de 2008

Águas de Outubro.

Outubro é um mês perto do verão. O calor já está chegando e ninguém espera e gosta de dias chuvosos. Na semana do dia 20 de outubro de 2008, o estado do Rio Grande do Sul foi surpreendido por vários dias chuvosos, começando na terça e dando uma trégua no sábado. Várias cidades do Vale do Taquari entraram em alerta, pois as águas das chuvas estavam enchendo seus rios. E no domingo, dia 26, dezenas de famílias da cidade de Estrela tiveram que ser retiradas de suas casas e alojadas em outros lugares. Dia 27, segunda-feira, o ponto máximo das cheias, a cidade poderia ter parado, pois estava praticamente ilhada, mas as pessoas saíam de suas casas pela curiosidade de ver “a enchente”. Até a Brigada Militar estava sem seu local de trabalho, estava abaixo da água. Saí para registrar os momentos. Peguei a câmera analógica na Universidade na sexta-feira, pois iria fazer o ensaio sobre grupos de danças alemãs, mas acabei mudando a pauta de última hora. Com o equipamento nas mãos, me atrevi e cheguei a pedir para entrar em casas onde a enchente havia invadido para alguns clicks. As famílias preocupadas em me receber, e ao mesmo tempo com medo do rio subir, um centímetro que fosse. Pela manhã fui caminhando pelo centro até os bairros da cidade que também foram atingidos. Belvedere, escadaria, ponte-baixa, ponte-alta, avenida Rio Branco, Coronel Müssnich, Coronel Brito, parque Princesa do Vale, antiga cervejaria Polar. Pela tarde, quando o nível da água já estava baixando fui até a rua que liga ao Bairro Auxiliadora que estava interrompida. Consegui ir a um dos prédios mais altos da cidade para fazer um registro aéreo do leito do rio. Foram mais de 60 fotos tiradas. Algumas fotos selecionadas para a edição final do ensaio foram feitas com máquina analógica FM3, outras por câmera digital compacta. Estava prevendo algum erro nessas câmeras com filme, pois já tive problemas. Como previa, o primeiro filme que tirei não deu certo e tive que recorrer às imagens da câmera reserva. Um trabalho que pode ser incluído na pauta clima e realizado por muitos repórteres fotográficos para os jornais locais e estaduais.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A escolha.

Cada cidadão tem o direito de escolher seus governantes. O desenvolvimento e a história de um país acontecem em função de pessoa eleitas, de partidos criados, de ações realizadas. No Brasil o voto é obrigatório dos 18 aos 69 anos, ou seja, grande parte da população vai às urnas de dois em dois anos para escolher seus representantes. Organização é a palavra-chave para a política. Sem pessoas “liderando”, ou melhor, governando o país, tudo seria mais desorganizado e corrupto. Cada um sabe o que seu candidato propôs quando votou nele, e sabe que deverá cobrar e fiscalizar sua governança. O que deve ser melhorado no sistema brasileiro não pode ser aplicado no dia em que todos vão às urnas, mas durante todo o processo de campanha eleitoral. As pessoas precisam ter melhores critérios para a escolha dos candidatos, principalmente à vereadores municipais. Além do mais, os candidatos deveriam ser mais bem preparados. Sugiro um teste de conhecimentos gerais para todos. Um mínimo de conhecimento, inteligência e esperteza.

Como se fosse uma cidade.

Tem um administrador, mas não é o prefeito municipal. Também tem visitantes e “moradores fixos”, além de funcionários, lojas, biblioteca, guardas de trânsito. Tudo precisa ser organizado como em uma cidade do interior. Assim é a Unisinos que, por conta disso, apresenta uma série de semelhanças com Teutônia, cidade localizada no Vale do Taquari. Pode-se citar o setor de obras, saúde, cultura, e economia. Firmam parcerias, incentivam a cultura e elaboram estratégias de crescimento. Há também diferenças: na instituição de ensino paga-se uma mensalidade para freqüentá-la, na cidade interiorana paga-se impostos. Estacionamento pago e vigiado na universidade, enquanto que em Teutônia as ruas normalmente são livres. A média de faixa etária também é diferente. E alguns serviços ainda não são encontrados na Unisinos, como supermercado, imobiliária, revendas de automóveis. O comércio é mais voltado para a vida dos universitários. Há muitas pessoas envolvidas na administração da cidade e da universidade, mas as regras, leis e objetivos são diferentes, o que com certeza é levado em conta para que uma universidade não fosse emancipada. A instituição é prioritariamente voltada para a educação, diferentemente da cidadezinha, que tem que dar conta do bem estar coletivo. Na Unisinos, o movimento é mais intenso à noite enquanto na cidade a maioria se recolhe para o descanso.