sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sexta-feira, 12.

Sexta-feira, 12 de setembro. O encontro estava marcado para as 14 horas em um lugar público. Fechei a porta do apartamento contando até quatro para conferir se tinha tudo comigo: chave, dinheiro, documento, chocolate.

Era 13h53min quando coloquei o pé na rua em direção à parada de ônibus que me deixaria o mais rápido possível na frente do Shopping do bairro Floresta. A barriga estava doendo de nervoso. Ou seriam borboletas no estômago? Era um sentimento bom, nunca sentido antes nos meus vinte anos. Ao mesmo tempo, uma sensação de que tudo poderia dar errado: que o santo não batesse, que os gênios se odiassem, que o beijo não fechasse.

Sentei no lugar combinado, de costas para o movimento. De repente ouço uma pessoa ao meu lado e sinto aquele abraço, para mim nervoso, mas aguardado por algum tempo.

Mãos geladas, olhos brilhando, coração acelerado. Esse era o sentimento. Nada mais no mundo importava naquele momento. E cada passo dado juntos era um motivo a mais para que eu percebesse que quero estar sempre ao seu lado, sendo abraçada. Cada segundo a mais me dizia que éramos o limão inteiro, bem docinho.

E o tempo passou. Não foi possível pará-lo naquela tarde nublada, perfeita mesmo assim. E o beijo de final de filme, no meio da rua, capturado por câmeras aéreas em zoom out. Só faltou o narrador com o texto: e foram felizes para sempre.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A melhor universidade.

Na última semana foi divulgada pelo Ministério da Educação a lista das 40 melhores universidades do Brasil. A avaliação realizada não se baseia somente nas notas do Enade, como também conceitua corpo docente e estrutura.

A Universidade do Vale do Rio dos Sinos classificou-se em 38º lugar, sendo a melhor particular do estado do Rio Grande do Sul, e está entre as três melhores do Brasil. Acredito que reitoria, professores e alunos estejam satisfeitos com o resultado e ao mesmo tempo orgulhosos em poderem participar da história da instituição.

Nós, como alunos, muitas vezes criticamos palestras e atividades oferecidas. Reclamamos das aulas, dos polígrafos, das avaliações, dos métodos utilizados e do professor. E isso é por que achamos tudo de mais, ou é por sermos muito exigentes?

O preço que vem impresso no boleto bancário pago todos os meses deveria abrir os nossos olhos para aproveitarmos cada instante dentro da instituição. Momentos para um maior aprendizado e para um círculo social. O tempo que passamos no ensino superior, freqüentando aulas, fazendo provas, entregando trabalhos em grupo será a base de experiência e formação para a vida profissional.

Acredito que a valorização da instituição ainda acontecerá em algum momento, nem que seja quando já estivermos longe dela. E junto disso, o arrependimento por não ter aproveitado cada segundo no meio acadêmico.

A Unisinos está fazendo a sua parte. Corpo docente e estrutura são ótimos. O que resta agora é fazer seus alunos valorizarem a instituição, e se empenharem, principalmente, para uma vida melhor.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Entretenimento na programação.

Existem centenas de canais, centenas de programas, dezenas de gêneros. Programas para todos os tipos, gostos, raças, classes, horários. E para que você assiste televisão? Para se informar ou para se entreter?

A TV pública tem determinado tipo de investimento para fazer sua programação principalmente com telejornais e com programas infantis. Sua audiência é baixa, comparada a outros canais em horários nobres como o das 21 horas. E qual seria a solução para uma maior audiência?

Entretenimento. É o que praticamente todo telespectador quer ver quando senta no sofá e pega o controle remoto. Fica zapeando para descobrir algum programa que lhe dê prazer. Nada que faça pensar muito, já que a rotina do brasileiro é trabalhar o dia inteiro para chegar em casa, descansar e assistir um romance na novela.

A presidente da EBC diz que a TV pública não precisa necessariamente ter audiência e seguir os mesmos padrões globais. A pluralidade é garantida assim, com programas educativos e noticiosos. Mas para que investir em uma televisão que não dá retorno? Que não dá audiência? Que nem é transmitida para todos os estados brasileiros.

Eu pago imposto. Parte desse dinheiro é investido para montar os programas e nem sequer tenho sinal onde moro.

Acredito que se deveria investir para transmissão do canal público para todo país, fazer campanha publicitária divulgando a grade de programação, e montar programas diferenciados. Não somente infantis, telejornais e documentários. Começar a realização de um entretenimento inteligente que dê audiência e estimule a realização de mais e mais programação diversificada.

Enquanto não houver informação como entretenimento, o povo brasileiro continuará a dar preferência para as novelas, onde não se absorve nenhum conhecimento ou informação. Onde só há ilusão de um mundo perfeito, onde no final tudo acabará bem. Bem ao contrário de nós, brasileiros.