quinta-feira, 16 de abril de 2009

Medinhos.

Quem nunca sentiu medo que atire a primeira pedra, ou que solte o primeiro grito! Ah, eu grito, mas por sentir medo. Tenho muito medo. Medo de várias coisas que acontecem, ou melhor, que poderiam acontecer.
Meu maior medo é de perder pessoas que amo muito. Aquelas especiais que fizeram parte de todos os dias da minha vida. Não imagino minha vida seu meu pai e minha mãe. Eles que sempre me apóiam e estão comigo nas decisões mais absurdas que posso tomar. Ou que me reprimem por algum ato que deveria ter pensado melhor antes de fazer. Sim, é o meu maior medo. Nessa lista de pessoas também entram aquelas que não fizeram parte de toda minha vida, mas que são tão especiais. O irmão biológico, os irmãos emprestados, os amigos das horas boas, e os das horas ruins também.
Tenho medo de ser assassinada, assaltada, estuprada. Também de ser injustiçada, ser presa, sequestrada e vítima de animais selvagens. Medo também de adoecer e morrer amanhã, ou muito em breve. Medo de acidentes de trânsito, guerras, bombas.
Eu ainda conheço o medo bom, que mais parece ansiedade. Na verdade não sei explicar direito, mas sei o que é. O medo bom é tudo aquilo que tu gostaria que acontecesse, mas improvável de acontecer. Claro que não impossível. É aquilo que acontece raras vezes, e por ser menos freqüente, tu acaba sentindo aquele friozinho na barriga por tudo o que está, ou não, por vir. Coisas boas caracterizam o medo bom.
Medo de dormir e não acordar mais, de pegar fogo em casa, do Grêmio falir, do MSN acabar, de roubarem o celular com toda lista telefônica. De voltar a fazer trabalhos à mão, de não saber dirigir.
Todos temos medos. Medos de coisas reais, que certamente podem acontecer.