domingo, 22 de março de 2009

Nosso mundo audiovisual.

Vivemos em uma era tecnológica, onde praticamente tudo envolve produtos audiovisuais. Celulares, internet, cinema, televisão. Os jornais, tanto os mais vendidos, como aqueles de pequena tiragem, estão colocando seu conteúdo online, com vídeos e explicações audiovisuais ao leitor/expectador. Conteúdos que não precisam mais de equipamentos raros, caros e pesados para serem feitos. Hoje podemos postar vídeos de nosso interesse no YouTube, feitos com nossas câmeras digitais compactas.
Nesses dias, coloquei na rede um vídeo (anexo 1) meu e dos meus primos jogando carta na casa da minha avó. Sem pensar muito no que havia produzido, só agora que me dei conta que era um produto audiovisual. Algo instantâneo de nossa geração, o que diferencia dos irmãos Lumiére que levaram anos pensando para construir e reproduzir seu cinematógrafo.
E agora fico pensando qual o significado dessa informação que coloquei na rede. Ora, para mim e meus parentes que estão no vídeo, com certeza há lembranças de momentos bons passados naquele instante. Risadas, alegrias, sentimento. Para quem não esteve presente no momento, fica a informação de um jogo que talvez não conheça. É só entretenimento? Há informação nesse vídeo?
O jornalismo se transformou com as tecnologias. Não é somente informação passada através de textos ou notas pregadas em praças públicas. As ondas de rádio começaram a ser utilizadas, principalmente na 2ª Guerra Mundial para passar informações sobre tropas adversárias, comandos e as decisões de governantes.
Depois disso o rádio já era um veículo de comunicação de massa, com grade de programação: notícias e entretenimento. Depois, a televisão foi o sucesso da vez. Críticos acreditavam que o rádio sumiria. Os dois meios de comunicação começaram a ser acessíveis à toda a população. Todos assistiam ou ouviam seus programas preferidos.
Na televisão o produto audiovisual começou a se popularizar. Além da informação passada pelos apresentadores, o telespectador não ficava mais só na imaginação. Agora podia ver imagens reais dos acontecimentos. E o mais interessante é que essa tecnologia atingia muito mais do que uma cidade. Agora se podia ver imagens e notícias de toda parte do mundo. Mesmo sem viajar e conhecer os lugares famosos, todos tinham a idéia de como era. A imagem e o áudio, além de e ser transmitidos para todos como entretenimento, também repassava informações.
Minha mãe, por exemplo, não troca a facilidade de ligar a televisão e assistir aos telejornais ali exibidos, por portais de notícias na internet. Mesmo os portais adicionando produtos audiovisuais, ela segue uma rotina de toda noite ligar o aparelho na mesma hora, ver os mesmos apresentadores, no mesmo canal. Pra ela, de uma geração anterior, procurar sites é difícil, downloads são demorados, e a cadeira não tem o mesmo conforto do sofá.
O cinema sempre foi uma boa opção de cultura. Histórias, bons roteiros, ótimos atores. Não estudamos muito cinema no curso, pois as noticias e situações mais importantes não estão nos roteiros de filmes. O que aproxima o jornalista do cinema é o documentário, que trata de um assunto específico, real, ou não.
O que acontece hoje, é que todos estão virando repórteres. Portais noticiosos sempre tem o espaço, normalmente denominado de, Você Repórter. Lá é possível postar materiais audiovisuais, sons, fotos e textos. As informações são tantas no mundo de hoje, que só jornalistas não tem mais como captá-las. E quem escolhe é o internauta, o leitor, o telespectador. A informação que ele vai receber, é decidida por ele.
Estamos entrando na era digital. Diz-se que há interatividade. As pessoas escolhem o que, quando, aonde, e porque querem esse determinado produto. Com melhor som e imagem. Há tantos produtos audiovisuais, que nem sabemos mais os nomes de quem os produz, de quem é importante e nem o que realmente deve e vale a pena ser assistido. E qual será que vai ser a próxima geração? Será que haverá mais tecnologia para transformar isso tudo que estamos vivendo. É quase impossível imaginar que sim, mas esperemos.
Anexo 1