quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Oktoberfest´s e afins.

O mês das Oktoberfest´s está acabando. Por todo lugar do estado, por menor que seja a cidade, tem uma Oktoberfest. Eu conheço a de Santa Cruz do Sul, a de Igrejinha, Roca Sales, Maratá. E tem aquela, a segunda maior do mundo, que não fica no Rio Grande do Sul, que é a da Blumenau.

Seguindo a tradição alemã, danças e comida e bebida típica. Ou seja, chopp. Conforme nosso site amigo, Wikipédia, que não traz muitas seguranças sobre suas informações, "O chope (do alemão Schoppen, "copo de meio-litro", pelo francês chope) é como se denomina, no Brasil, a cerveja sem pasteurização, servida sob pressão. O chope chegou ao Brasil com a Família Real Portuguesa, em 1808. À época, era uma bebida restrita à Corte. Com o surgimento de bares e botequins, o consumo da bebida popularizou-se, tomando o lugar dos vinhos e da cachaça".

Conclusão: hoje, essas festas alemãs são frequentadas por aqueles que se interessam pela cultura, mas também aqueles jovens que querem diversão, zoação e bebedeira de uma forma barata.

Pois pude conferir isso com meus próprios olhos, na Oktober de 2009 de Santa Cruz. Tudo muito bem organizado, espaços distribuídos, organização impecável. Até eu começar a ver aqueles que já passaram da conta.

O primeiro nem conseguia parar reto, em pé. Pessoal da minha turma de amigos foi lá ver se poderia ajudar. Era umas 22 horas, e o dito cujo disse que estava lá desde as 14. tinha perdido mais de R$ 70,00. Piadistas ainda disseram que desse jeito ele ia perder muito mais do que só o dinheiro. Era engraçado. Uma caneca de chopp na mão, e na outra, uma garrafinha de água mineral sem gás.

Sem muita vontade de beber, já que estava cansada, eu e minha amiga sentamos em um banquinho para observar o povo, que diferente de nós, só queria fazer festa. Ao nosso lado tinha um laguinho, iluminado (luzes verdes, amarelas), com uma ponte. As tentativas de ir na ponte, interditada, foram várias. Uns turistas até pularam a linha de isolamento e foram lá.

Fotos, fotos, fotos. Todos os momentos hilários precisam estar registrados para que no outro dia lembrar de tudo: - Mas eu fiz isso?! NÃO, eu não fiz isso. - Fez sim, está registrado, sem escapatória.

Pegar vasos de flores e dar para as alemoas, tirar as flores do vaso, jogar terra nas alemoas, arrancar as flores do bouquet. Trova fiada, trova legalzinha, trova muito boa, mas trova. Homens feios, bonitos, mais ou menos, imprestáveis, prestáveis, bêbados. As mulheres sempre são mais lights nessa história, porque nesse quesito, as mulheres ainda não tem dependência. Elas esperam os homens chegarem pra conversar e trotear (claro que há excessões).

Vi gente caída, se contorcendo, vários sorrisos, gargalhadas, danças engraçadas, pessoas dançando de forma engraçada, um louco se pendurando no lustre e queimando a lâmpada, montinho, dança das perninhas (tipo do filme Moulin Rouge), dança do siri, "mãos e braços, beijos e abraços". Ouvi muita coisa agradável, e desagradável. Chantagens, piadas, meiguices.

Cada ano tende a piorar, se parecer mais com carnaval, onde o principal objetivo é beber para esquecer as coisas ruins da vida: a conta para pagar, a saúde, os estudos, o difícil trabalho. Cada ano menos cultura, menos apreço, mais curtição e mais zoação. Aliás, a irresponsabilidade das pessoas está tornando as coisas cada vez mais banais.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O mundo é uma ervilha.

Alguém, algum dia, me disse que para cada pessoa que você conhece, tem seis pessoas que você também conhece e que conhece ela. Entendeu?! Ou seja, eu te conheci hoje, mas já tenho ou terei seis conhecidos que também te conhecerem e tem vínculos contigo. Bom, vou deixar esse assunto meio que de lado, porque na verdade quero falar que Porto Alegre é uma ervilha. Ou, pensando melhor, o mundo é uma ervilha. Sempre tem alguém que tu conhece, ou então alguém que conhece alguém que te conhece. Nesse último meio ano posso citar alguns exemplos. Tipo, os amigos que são amigos do amigo que eu conheci no show do Oasis. A prima do amigo, os amigos do amigo. A minha colega do inglês que peregrinou de Estrela para a capital. Não importa onde você esteja. Em 99% das vezes que você sai de casa você encontra um amigo, conhecido, parente ou então, conhece alguém que te conhece. Incrível. Fulano é amigo do beltrano. "Não acredito que você conhece a fulana. Ela é minha prima". Ou então adiciono o amigo de um amigo, que também viajou com o meu colega que é namorado da minha amiga. Encontro conhecidos indo pro trem, no ônibus pra Estrela, no aeroporto, no cinema, no shopping, na praia ...óóó céus. Imagina se o mundo fosse realmente do tamanho de uma ervilha? Mas, para minha sorte, eu gosto de ervilha.