quarta-feira, 21 de maio de 2008

Tarde Vazia?

Dia quente em Porto Alegre. O termômetro da Av. Sen. Salgado Filho marcava 29ºC no dia 20 de maio. Essa semana os gaúchos estão vivendo um veranico.

Saio de casa. Meu destino final é o Parque Farroupilha. Sei que é terça-feira, mas é melhor ficar sem fazer nada lá do que trancada no apartamento em frente à TV ou ao computador.

Antes disso, tive que passar no CFC. Fez um ano que conseguir tirar minha CNH, a provisória e agora pego a definitiva. Atrasada, fui às pressas para a Redenção encontrar meu amigo, novo amigo, velho amigo..., como quiserem.

O chafariz foi o local de encontro. Mesmo eu não sabendo muito bem onde era, encontrei algo parecido e fiquei lá esperando. E achei que eu que estava atrasada. Enquanto isso, eu lá sentada com uma cara de quem não sabe com que cara ficar, olhando os cachorrinhos que lotam o parque.

Assim que minha companhia chegou, o mate rolou solto e o papo também. Fazia tempo que eu não me sentia tão bem com uma pessoa. Além de não parar de falar, ainda rimos muito de várias histórias loucas e do tempo de colégio. Falar em falar, é quase impossível ficar em silêncio quando eu estou no meio. Sempre tenho alguma coisa pra falar, uma história pra contar.

E o tempo foi passando. O sol se pôs. Era hora de me despedir e ir para a aula, como a aluna dedicada que sempre fui. E tudo acabou com um “Brigada, até mais”.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Apaixonando-se.

É tudo tão bom quando se está com uma pessoa que fecha contigo. Os assuntos, os abraços, os beijos, o jeitinho. É tão ótimo saber que pode contar com ela, fazer confidências, rir, chorar, comentar sobre programas de televisão (negativa ou positivamente). Mas o melhor de tudo é saber que a outra pessoa sente a mesma coisa. Receber uma ligação, uma mensagem, conversar, perceber que se lembra de ti.

E o pior de tudo, eu não acredito que possa haver um sentimento recíproco, mesmo querendo que existisse. Eu só queria descobrir o por quê. As pessoas têm medo de demonstrar os sentimentos? Medo de decepção e depois ficar meses em recuperação. Não sei se estou fazendo certo ao escrever esse texto, mas cansei de esconder. Que exploda. Eu fiz o que achei certo, o que estava engasgado aqui há muito tempo.

Essas coisas de paixões sempre acontecem quando tu menos espera, ou menos quer. Mas não adianta. Se desse pra mandar no coração eu ia escolher um cara certinho, fiel, que não saia trovando todas e que me ame de verdade. Infelizmente, a gente não pode fazer isso, e também não pode escolher o que sentir. A única coisa a ser feita é se permitir...

Eu sinto saudades. Fico a semana inteira esperando aquela hora do final de semana, pode ser minuto. Mas já me faz feliz. E é tudo tão perfeito, é tudo maravilhoso. Parece outro mundo, parece que não é minha vida. E ontem, quando te vi, mesmo que de longe, fez meu dia mais feliz. Teu sorriso, teu olhar, teu abano. Me bastou. Não posso mais esconder e não quero mais esconder.

Blitz.

Era o Dia do Trabalho, mas ninguém trabalhou. Feriado para todo o Brasil e aquela vontade de sair de casa, ver os amigos. Fazer uma coisa diferente, já que eu estava fora da minha rotina da capital. Combinamos então de ir tomar chimarrão, comer pipoca. A fofoca a gente nem precisou combinar porque isso já é normal das mulheres.

Peguei o carro e fui buscar as gurias, casa por casa, até chegar nos fundos da rodoviária, nosso ponto de encontro. Fizemos o chimarrão, comemos pipoca, olhamos o baita filme da sessão da tarde e partimos. Só não sei pra onde. Resolvemos ir pra cidade vizinha onde tinha shows e comemorações promovidas pela Prefeitura Municipal.

Voltamos para a cidade estrelada. Paramos na frente de um supermercado na principal avenida e conversamos, rimos, conversamos, rimos... até que eu cansei. Precisava ir embora. E como só a Amanda quis me acompanhar, levei ela no seu pai e continuei seguindo até meu lar doce lar.

E de repente me param. Uma blitz da Brigada Militar. Nunca tinha sido parada nesse tipo de coisa, e tava com medo que alguma coisa desse errado, afinal, ainda tenho a carteira provisória. Documento do carro e habilitação. Gelou, não achei minha bolsa por perto. Deixei-a o dia inteiro no porta-malas do carro. Desci, abri e nada de bolsa. Me deu um gelo, mas eu estava com os documentos, lembro perfeitamente. Ela tava só escondida.

Encontrei, entreguei para o guarda e ele avisou que minha CNH vence dia 14 de maio. E eu bem feliz respondi que ainda bem. A próxima é a permanente! Então ele quis um número para contato. E me deu um branco. Esqueci completamente de qualquer número. Lembrei que o de casa, aqui de Estrela, tem um 7 e um 1. Falei o número e logo que termino, dou conta que disse o número errado. Ai, ai. Não acredito que eu fiz isso.

Depois disso fui liberada, e claro que tinha que acontecer um último imprevisto dessa minha parada. Fui arrancar e o carro apagou. Era o que me faltava. Nem olhei mais para os brigadianos e segui meu caminho.

Só sei que minha primeira blitz será inesquecível, assim como todas as coisas novas que realizamos na vida.