quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Nunca vi meu pai sem barba.

Hoje meu pai está de aniversário e dentre todas as coisas que mais me chocam quando penso no meu pai é que eu nunca o vi sem barba.

Peraí Mariana, como assim?

Claro que meu pai não nasceu com barba, e que eu nasci há 25 anos e que eu não sei desde quando ele decidiu deixar a barba crescer. Será que algum dia meu pai já fez a barba?

Quando vem a imagem do meu pai eu imagino ele assim:

Meu pai: mais barbudo do que nunca

Já vi fotos dele sem barba e falava pra minha mãe: - Não mãe, esse não é o pai. Não posso acreditar.
Pra sorte da minha mãe, que não se incomoda com a situação (já se acostumou), no casamento ele estava sem barba. Assim:

Ó, seus lindos!

 Aqui tem mais uma do meu pai e da minha mãe sendo musos:

O pai é o da direita, em pé

Um minuto. Espera.

Estou aguardando minha mãe gritar lá do computador: - Quando eu me casei eu pesava 48 quilos. Quantos tu tem agora Mariana?

Mas, voltando ao assunto, de quilos para barba, eis que em uma formatura no Salão de Atos da UFRGS, fiz uma proposta para o pai:

“É o seguinte. Se eu ou o Mateus nos formarmos aqui, tu apareces na formatura sem barba?”. E ele topou. Mas a esperteza dele é maior que a minha. Vai ver, é por isso que não consegui passar no vestibular na UFRGS, muito menos, me formar lá. Mas eu ainda tenho esperanças. O Mateus não se formou ainda. Vai que né.

A mãe até cogita outras propostas, como, por exemplo, ele fazer a barba para o meu casamento. Depois de 25 anos vendo meu pai com barba, seria muito estranho ele tirar a barba. Já é característica dele. As pessoas nem reconheceriam ele na rua.

Já pensei até em um discurso: “Sr. Barbeador, traz meu pai de volta?”

Mas confesso que com essa história de barba posso ter deixado de dar alguns beijos no meu pai por receber umas espetadas na cara, ou por pensar: “será que ele sente alguma coisa com essa barba toda?”.

Por outro lado, uma barba bonita e bem feita traz credibilidade e um ar de sério. Não por menos, tive ex-namorados com medo de conhecer meu pai (claro que o fato da barba não significou muito nesse caso, e sim o fato do meu pai ser pastor).

E toda vez que eu precisei de dinheiro, recorri à minha mãe. O pai já tirava da manga uma lista de perguntas, mesmo eu dizendo: “Pai, eu te amo”. “Pra quê? Quanto tu quer? Mas quanto custa uma água? Mas me devolve o troco”. Tudo culpa da barba.

Pai, me dá dinheiro? Gastei tudo em compras que estão nessas sacolas aí

Como ele lidaria com uma pentelha dessas sem uma barba pra passar a mensagem “me respeita”?



Enfim, pai. Não tenho o sonho de que tu tires a barba. Com ou sem barba, te admiro e desejo que tu continues sendo esse pai exemplar, que sempre fez de tudo para a família e para os filhos. Meu desejo de um feliz aniversário, e que Deus te abençoe e te proteja em mais um ano de vida. Te amo, e não preciso de dinheiro. 

Vamos ao que interessa. Cantar parabéns e comer

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Mateus, parabéns!

Há 22 anos eu descia correndo uma escada com mais de 50 degraus lá em Santa Maria para avisar a todos que eu conhecia que o Guilherme tinha nascido. "O Guilherme nasceu, o Guilherme nasceu".
As pessoas que me escutaram não tinham noção do que eu estava falando. Guilherme? Que Guilherme? Ora, o meu irmão. Esse aqui. 

Olha eu curiosa querendo ver o meu irmãozinho
- Mariana, enlouqueceu? Desde quando tu tem um irmão chamado Guilherme?

Pois é, eu não tenho. Meus pais só não tinham tomado coragem para me dizer que o nome do meu irmão não seria Guilherme. O meu irmão que nasceu, às 8h da manhã do dia 18 de julho de 1991 era o Mateus. Mateus simples, sem H.  Eu queria que o nome fosse Guilherme. Ninguém me consultou pra saber a minha opinião. Eu teria que dividir tudo e nem me deram chance de escolher o nome.

Aliás, o Mateus, meu irmão, deve estar lendo isso aqui e fazendo essa pose:

- Ah não, to brabo. Que que essa guria pentelha vai me aprontar?

Calma maninho. Eu só separei algumas fotinhos, mas nenhuma comprometedora. E eu espero que tu realmente não fique brabo comigo depois disso. 

Como eu não queria ser só mais uma no teu Facebook desejando feliz aniversário, parabéns, saúde, amor, sucesso, dinheiro e tals, eu resolvi fazer uma homenagem aqui mesmo. Pra todo mundo ver. 

Claro que a gente teve muitos momentos juntos nessa vida. Como éramos só eu e o Mateus, aprontamos muito em casa. Claro que as coisas ruins a gente nunca esquece. 

Quando ele era pequeninho, usava aquelas botas ortopédicas e as minhas canelas que sofriam quando ele tentava ganhar algum brinquedo na força. Eu corria para algum cômodo, e dava um jeito de fechar a porta, que mesmo assim era chutada por ele (as portas devem ter as marcas até hoje). 

Tirando isso, é difícil de lembrar algum período de férias sem as brincadeiras com o meu irmão. Normalmente o pai e a mãe saíam para o litoral sem destino e quando os filhos não paravam de perguntar incansavelmente "já chegamos?", a praia era escolhida. 

Nós ríamos muito, e sem motivo, e por qualquer coisa. Lembro de uma vez nas férias que cantávamos:

"Bebeu água? Não.
Tá com sede? Tô. 
Olha a água mineral."

E isso bastou para as risadas de uma tarde inteira. Isso não faz sentido pra mim hoje, mas na época era engraçado. 

A praia também me lembra da época que eu era louca por furar onda e tu tinha medo até de colocar o pé na água. Deve ter sido mais ou menos nessa época aí de baixo.

Que lindo esses teus cachos. A mãe não aparece porque na hora das fotos 
ela sempre pedia pro pai aparecer e ela ficava atrás das câmeras

Essa é uma das fotos em que eu obriguei ele a andar no carrossel de carrinhos, mas o estilo dele era mais pra carro choque.  

Olha a minha felicidade e o ar sério dele



Essa foto tem história. Um dia antes das férias tão esperadas em Santa Catarina, eu e o Mateus brigamos tão forte que ele quebrou o meu braço. Pelo menos era o que a mãe achava enquanto eu tava lá fora chorando de dor, e o Mateus chamando ela. Na verdade, o pobre guri não teve culpa. A taipa aqui caiu da bicicleta e deu nisso. 

Mas uma das nossas diversões era brincar. Nessas férias os tios foram junto, e até a sujeira e a espuma do mar viraram brincadeira. 

Olha o Mateus escondido atrás da homem espuma 

Mas que tal o meu irmão quando era pequeninho e já tentava tocar flauta? Depois, participamos juntos de muitas aulas de violão, onde eu era a aluna mais dedicada. Hoje em dia, esqueci tudo e ele toca guitarra e violão de olho fechado. 



As brincadeiras na casa da vó não tinham fim. Normalmente proporcionadas pelas tias, e a tia Rosa - que ficava mais tempo por lá.

Tem gente bêbado de tanto tomar Pepsi. Olha minha cara de musa da Pepsi (só que não)

E também tem o book fotográfico com as roupas dos adultos. Que fofinhos. 

Sim, o Mateus tinha paciência

Na casa da vó também era onde os primos se encontravam.

Trem com os primos, o vô e a vó. A carreta foi elaborada pelo vô pros netos brincarem

Tem o Mateus colorado e cheio de travessuras. Na primeira foto, escalando as portas - hoje em dia não tenho ideia de como conseguíamos fazer isso. 



Agora, eu e o colorado.

Só aceitei ser fotografada porque não vi que a bola era do meu time rival

O Mateus também não gostava de ser abandonado quando as minhas amigas me visitavam. Olha essa.
Ele invadindo nosso momento spa de luxo do dia

Meu irmão com o primo Marco na tentativa de pegar alguma onda

Pois, depois de muitas aventuras e idas para o colégio, agora moramos separados. Apesar dele falar somente quando necessário, tenho saudades de muitos momentos. Acredite, até de ser chutada, pois provava que lutávamos pelos mesmos ideais. 

Agora caio no comum e desejo para o meu irmãozinho um Feliz Aniversário e tudo de bom em sua vida. Quero que saibas que pode contar sempre comigo. 

Procurei fotos recentes para colocar a gente atualmente, mas cheguei à conclusão que só temos fotos daquele dia do bar da Harley, em Gramado. Então aí vai um registro da nossa família ultimamente, na formatura da prima Carol. 



Sinto saudades todos os dias! 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Tudo acaba em pizza

Hoje pela manhã quando comecei a abrir sites e redes sociais vi todos falando em pizza. Hoje, 10 de julho, é o Dia da Pizza. Conforme sites de pesquisa, ele é comemorado desde 1985. 

O que é uma pizza?
Conforme a wikipédia, “pizza é uma preparação culinária de origem italiana e famosa no mundo inteiro, que consiste em um disco de massa, regado com molho de tomates e coberto com ingredientes variados, como queijo, carnes, ervas”. 
Eu já diria outra coisa. Pizza é uma comida gostosa, e para as mulheres de dieta recomenda-se nunca comer, ou comer dois pedaços em uma refeição e de preferência com algum vegetal e sem muito queijo.
A de rúcula e tomate seco é uma boa opção, apesar de o tomate seco ter muita caloria. Azar, dois pedaços não te farão sai da dieta. 
O que achas de ir pra cozinha hoje à noite e preparar uma delícia dessas?




Eu até que gosto desse sabor, em um rodízio de pizza, onde não se come menos que dez pedaços.  Eu gosto daquelas com bastante recheio e muito queijo. 


Muito queijo por cima


Minha favorita é a marguerita. Essa pizza é constuída de massa, molho de tomate, tomate, manjericão e queijo. Só. Amo manjericão.


Uma margerita com um vinho

Se fosse pra escolher outra, minha segunda opção é a super supreme, de preferência da Pizza Hut. Quando morava em Porto Alegre, pedia, pelo menos, uma vez por semana. Uma delícia. 

Olha a descrição: 
Principais ingredientes: Carnes especiais, presunto, pepperoni, mussarela, champignon, pimentão, cebola e azeitonas.
Tamanho: Grande, Médio ou Pequeno.
Massa: Pan, Fininha ou Artezanale. Borda: normal, borda recheada ou Cheesy Pop.


Deu fome?

Azeitonas e champignons podiam ser alimentos básicos como o arroz e o feijão. 
Não dá vontade de pedir uma e devorar agora? Ia pedir uma grande, com a massa pan (que só a Pizza Hut tem) e, se sobrasse, ia devorar de café da manhã. Até o Dexter ganharia um pedaço. 

Pena que na minha cidade não tem Pizza Hut. Caso alguma pizzaria comece a fazer uma opção parecida com essa, com certeza virarei cliente. 

Até pensei em fazer uma pizza parecida e ótima quando chegar em casa pra comer pizza no Dia da Pizza. Infelizmente, hoje eu tenho aula e tenho banca da disciplina de Comida Campeira. 

Meu grupo foi presenteado com um belo tema: fazer dois pratos típicos indígenas e ainda entregar um histórico da alimentação dos índios no Rio Grande do Sul. Faremos ensopado na abóbora e farofa de banana. 

A ensopado de peixe vai aí dentro


A banana vai ser misturada com farinha

Posso voltar pra pizza? 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Dexter e eu.

Eu sempre quis ter um bichinho de estimação. A minha preferência era por cachorros, mas mesmo quando eu e meu irmão tínhamos outras ideias (peixes, tartarugas, passarinhos, hamster), meus pais davam um jeito de cortar nosso barato. 

A principal desculpa, mais enfatizada pela mãe, durante esses 25 anos, foi: “Quem cuidará deles quando viajarmos? Não podemos levar animal nenhum pra férias”. 

Uma vez minha mãe até pediu de presente de aniversário aqueles cachorros de pelúcia que ficam dormindo e respirando na caminha. 


Minha mãe queria um que não desse trabalho, tipo esse

Nessa ocasião, pensei em aparecer com um filhote de verdade para ela, mas como ainda recebo ajuda financeira dela, eu desisti. 

Em um certo dia, abro o Facebook e vejo que a labradora de uma amiga tinha dado oito crias. Sabe-se que a mãe é labradora e o pai é um torneador de recipientes. Portanto, filhotes de labralata.   

Duas fêmeas marrons, seis machos – cinco pretinhos e um bege. Sem intenção nenhuma, e sem planejamento nenhum (nunca tivemos planos para pensar: agora é hora de ter um cachorro), mostrei a foto pro Leonardo e ele disse: “Vamos pegar e ajudar um desses cãezinhos?”.


Essa é a família do Dexter. O nosso é o bege, bem da esquerda
Na hora nem me controlava de tanta felicidade. Eu não sei nada sobre cães. Nunca tive nenhum animalzinho de estimação em casa. O meu grande sonho era ter labradores e golden retrievers quando tiver uma casa em cima do morro com um pátio enorme para eles correrem e se divertirem. 

“Sim, vamos! E a gente vai deixar ele onde até se mudar em setembro?”. Boa pergunta.  A estratégia era a seguinte: enquanto estávamos em Estrela, ele ficava em Estrela. Quando íamos para Santa Clara do Sul, ia junto. 

Bom, aí a preocupação foi outra.  Como convencer meus pais a ter um cachorro dentro de casa? Insistência minha, do Leonardo e do meu irmão. Aliás, eles tiveram vantagem na hora de escolher um nome. Enquanto eu queria que fosse Duque, o Dexter venceu. E como meu irmão também sempre quis um cão por perto, deixei ele ajudar nessa escolha. 

A lista de nomes para o ½ labrador bege, lindo, fofinho e flocos de neve (apelidado pela Camile), era enorme. Leonardo sempre sonhou em dar nome de gente para o cachorro, como por exemplo, César. Eu já não curtia muito. Enfim, o escolhido foi Dexter. 

Não me contive de felicidade no dia que coloquei essa criaturinha linda e maravilhosa na minha vida. Leonardo queria desistir, mas via meus olhos brilharem toda vez que falava do assunto. 


Esse é o Dexter dormindo

Ele dormindo com o amiguinho de pelúcia, que hoje está destruído


E no mesmo dia que o busquei, já levei no veterinário e fiquei por dentro dos principais cuidados que preciso ter com o cão. E todo mundo se apaixonou por esse ser, que quando chegou lá em casa, dormiu por horas e horas na caminha dele (adaptação) de uma cesta de chocolates. Ilusão daqueles que pensaram o Dexter ser um cãozinho tão tranquilo. 


Não parece aqueles cachorros de brinquedo que davam cambalhotas?


Só que o Dexter é muito mais lindo

Aventuras e travessuras de Dexter em breve por aqui.