quinta-feira, 18 de julho de 2013

Mateus, parabéns!

Há 22 anos eu descia correndo uma escada com mais de 50 degraus lá em Santa Maria para avisar a todos que eu conhecia que o Guilherme tinha nascido. "O Guilherme nasceu, o Guilherme nasceu".
As pessoas que me escutaram não tinham noção do que eu estava falando. Guilherme? Que Guilherme? Ora, o meu irmão. Esse aqui. 

Olha eu curiosa querendo ver o meu irmãozinho
- Mariana, enlouqueceu? Desde quando tu tem um irmão chamado Guilherme?

Pois é, eu não tenho. Meus pais só não tinham tomado coragem para me dizer que o nome do meu irmão não seria Guilherme. O meu irmão que nasceu, às 8h da manhã do dia 18 de julho de 1991 era o Mateus. Mateus simples, sem H.  Eu queria que o nome fosse Guilherme. Ninguém me consultou pra saber a minha opinião. Eu teria que dividir tudo e nem me deram chance de escolher o nome.

Aliás, o Mateus, meu irmão, deve estar lendo isso aqui e fazendo essa pose:

- Ah não, to brabo. Que que essa guria pentelha vai me aprontar?

Calma maninho. Eu só separei algumas fotinhos, mas nenhuma comprometedora. E eu espero que tu realmente não fique brabo comigo depois disso. 

Como eu não queria ser só mais uma no teu Facebook desejando feliz aniversário, parabéns, saúde, amor, sucesso, dinheiro e tals, eu resolvi fazer uma homenagem aqui mesmo. Pra todo mundo ver. 

Claro que a gente teve muitos momentos juntos nessa vida. Como éramos só eu e o Mateus, aprontamos muito em casa. Claro que as coisas ruins a gente nunca esquece. 

Quando ele era pequeninho, usava aquelas botas ortopédicas e as minhas canelas que sofriam quando ele tentava ganhar algum brinquedo na força. Eu corria para algum cômodo, e dava um jeito de fechar a porta, que mesmo assim era chutada por ele (as portas devem ter as marcas até hoje). 

Tirando isso, é difícil de lembrar algum período de férias sem as brincadeiras com o meu irmão. Normalmente o pai e a mãe saíam para o litoral sem destino e quando os filhos não paravam de perguntar incansavelmente "já chegamos?", a praia era escolhida. 

Nós ríamos muito, e sem motivo, e por qualquer coisa. Lembro de uma vez nas férias que cantávamos:

"Bebeu água? Não.
Tá com sede? Tô. 
Olha a água mineral."

E isso bastou para as risadas de uma tarde inteira. Isso não faz sentido pra mim hoje, mas na época era engraçado. 

A praia também me lembra da época que eu era louca por furar onda e tu tinha medo até de colocar o pé na água. Deve ter sido mais ou menos nessa época aí de baixo.

Que lindo esses teus cachos. A mãe não aparece porque na hora das fotos 
ela sempre pedia pro pai aparecer e ela ficava atrás das câmeras

Essa é uma das fotos em que eu obriguei ele a andar no carrossel de carrinhos, mas o estilo dele era mais pra carro choque.  

Olha a minha felicidade e o ar sério dele



Essa foto tem história. Um dia antes das férias tão esperadas em Santa Catarina, eu e o Mateus brigamos tão forte que ele quebrou o meu braço. Pelo menos era o que a mãe achava enquanto eu tava lá fora chorando de dor, e o Mateus chamando ela. Na verdade, o pobre guri não teve culpa. A taipa aqui caiu da bicicleta e deu nisso. 

Mas uma das nossas diversões era brincar. Nessas férias os tios foram junto, e até a sujeira e a espuma do mar viraram brincadeira. 

Olha o Mateus escondido atrás da homem espuma 

Mas que tal o meu irmão quando era pequeninho e já tentava tocar flauta? Depois, participamos juntos de muitas aulas de violão, onde eu era a aluna mais dedicada. Hoje em dia, esqueci tudo e ele toca guitarra e violão de olho fechado. 



As brincadeiras na casa da vó não tinham fim. Normalmente proporcionadas pelas tias, e a tia Rosa - que ficava mais tempo por lá.

Tem gente bêbado de tanto tomar Pepsi. Olha minha cara de musa da Pepsi (só que não)

E também tem o book fotográfico com as roupas dos adultos. Que fofinhos. 

Sim, o Mateus tinha paciência

Na casa da vó também era onde os primos se encontravam.

Trem com os primos, o vô e a vó. A carreta foi elaborada pelo vô pros netos brincarem

Tem o Mateus colorado e cheio de travessuras. Na primeira foto, escalando as portas - hoje em dia não tenho ideia de como conseguíamos fazer isso. 



Agora, eu e o colorado.

Só aceitei ser fotografada porque não vi que a bola era do meu time rival

O Mateus também não gostava de ser abandonado quando as minhas amigas me visitavam. Olha essa.
Ele invadindo nosso momento spa de luxo do dia

Meu irmão com o primo Marco na tentativa de pegar alguma onda

Pois, depois de muitas aventuras e idas para o colégio, agora moramos separados. Apesar dele falar somente quando necessário, tenho saudades de muitos momentos. Acredite, até de ser chutada, pois provava que lutávamos pelos mesmos ideais. 

Agora caio no comum e desejo para o meu irmãozinho um Feliz Aniversário e tudo de bom em sua vida. Quero que saibas que pode contar sempre comigo. 

Procurei fotos recentes para colocar a gente atualmente, mas cheguei à conclusão que só temos fotos daquele dia do bar da Harley, em Gramado. Então aí vai um registro da nossa família ultimamente, na formatura da prima Carol. 



Sinto saudades todos os dias! 

Um comentário:

  1. Mariana. Só uma competente jornalista tem a capacidade de transformar, um aniversário, ocasião dos tradicionais "muitos isto...eternos, aquilo..." numa inesquecível homenagem, como a que acabas de prestar, a esta pessoa especial que é o Mateus. Fotos são sempre muito impactantes, principalmente, quando relembram belos momentos de nossa infância e juventude. No aniversário do Mateus, parabéns prá ti, Mariana.

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