sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sexta-feira, 12.

Sexta-feira, 12 de setembro. O encontro estava marcado para as 14 horas em um lugar público. Fechei a porta do apartamento contando até quatro para conferir se tinha tudo comigo: chave, dinheiro, documento, chocolate.

Era 13h53min quando coloquei o pé na rua em direção à parada de ônibus que me deixaria o mais rápido possível na frente do Shopping do bairro Floresta. A barriga estava doendo de nervoso. Ou seriam borboletas no estômago? Era um sentimento bom, nunca sentido antes nos meus vinte anos. Ao mesmo tempo, uma sensação de que tudo poderia dar errado: que o santo não batesse, que os gênios se odiassem, que o beijo não fechasse.

Sentei no lugar combinado, de costas para o movimento. De repente ouço uma pessoa ao meu lado e sinto aquele abraço, para mim nervoso, mas aguardado por algum tempo.

Mãos geladas, olhos brilhando, coração acelerado. Esse era o sentimento. Nada mais no mundo importava naquele momento. E cada passo dado juntos era um motivo a mais para que eu percebesse que quero estar sempre ao seu lado, sendo abraçada. Cada segundo a mais me dizia que éramos o limão inteiro, bem docinho.

E o tempo passou. Não foi possível pará-lo naquela tarde nublada, perfeita mesmo assim. E o beijo de final de filme, no meio da rua, capturado por câmeras aéreas em zoom out. Só faltou o narrador com o texto: e foram felizes para sempre.

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