domingo, 15 de junho de 2008

Cor-de-rosa.

Era uma vez um garoto. Certo dia ele resolveu sair de sua cidadezinha interiorana de Montenegro para estudar e ser alguém na vida, ou melhor, um engenheiro. E a capital do Rio Grande foi o seu destino.
Era um vez uma senhora muito rica. Seu filho, que também morava na capital, teve seu apartamento decorado por ela. Seus gostos não fechavam e ele queria outros móveis. A senhora então, doou os móveis.
O garoto do interior teve sua vida completamente modificada e melhorada pelas doações dos móveis da senhora. O apartamento alugado era vazio, e agora ele tinha pelo menos uma sala da jantar com crista leira e quatro poltronas cor-de-rosa. É, cor-de-rosa.
Ele estava muito feliz com a doação, ainda mais que é daltônico e nem se importava das poltronas serem rosa. O importante é que eram confortáveis. Ele usou e abusou das doações da senhora rica.
Até que em certa terça-feira muito fria em 2008, o guri se vê obrigado a se desfazer de suas lindas poltronas. O motivo? A doação foi pedida de volta, mas não a sala de jantar, somente os objetos cor-de-rosa. Conforme as investigações, a dona tenha redecorado sua casa com tons de rosa e queria suas antigas poltronas. A cor fecharia exatamente com a da pétala do novo papel-de-parede.
Ao garoto montenegrino, só resta se deliciar, não com as poltronas, mas com o sofá. Sofá, pinhão e Malhação.

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