Participo das atividades do Festival do Chucrute desde 1995. Faz 18 anos que os fins de semana de maio estão destinados a expor a cultura alemã em Estrela, seja no desfile típico seja nos bailes. No primeiro ano em que participei, tinha 8 anos. Vi nas danças, nos trajes e na união do grupo de danças um mundo de magia, e de muita diversão.
Ao longo dos anos, fui trocando de categoria de danças, em função da minha idade. Tive diferentes pares nas seis categorias em que dancei, mas a história mais longa é a do grupo atual. Danço no Especial há dez anos, e com o mesmo par. Algumas pessoas estranham o quanto nossa convivência é boa. Em todos os ensaios, estamos ali dispostos para dançar e relembrar as coreografias. Talvez, corrigir o erro do outro e incentivar quando se deve repetir muitas vezes.
O que sinto quando estou em uma apresentação é uma alegria, praticamente indescritível. Apesar dos ensaios serem intensificados nos primeiros três meses até os bailes, as cobranças e exigências do instrutor Andreas Hamester devem ser agradecidas pela minha realização ao dançar.
No último texto me mostrei uma preguiçosa ao dizer não gostar de correr. Hoje me assumo uma apaixonada por dança, em especial a alemã. Confesso que em algumas danças mais compridas e exigentes, saio da pista e fico ofegante. Apesar de perder o pique e ter uma resistência física diferente do que há alguns anos, essa atividade faz circular a endorfina, e me deixa feliz.
Nesses 18 anos já escutei de muita gente: “é sempre a mesma coisa, no mesmo lugar, as mesmas danças, o mesmo cardápio”. Para mim, todo o ano é diferente e sempre encontro novidades. Enquanto eu sentir o frio na barriga antes de começar a me apresentar, estarei entre as integrantes do grupo de danças alemãs. Não me importo se alguns acham brega, ou se a quantidade de vestidos enche o armário e incomoda minha mãe.
Os familiares e amigos dizem que eu sou outra pessoa quando eu danço. Todos os problemas desaparecem, e o semblante de felicidade, alegria e satisfação tomam conta da expressão: o sorriso.
Já pensei em sair do grupo, pois em alguns momentos é preciso ter outras prioridades. Mas, desisto. Não pararei com essa atividade tão cedo. E tenho o apoio dessa minha decisão. No sábado, depois do fim da apresentação, o namorado disse: “Não pare de dançar nunca. Tu é muito feliz fazendo isso”. E eu obedecerei, por livre e espontânea vontade.
Que lindo Mariana.Emocionante tua historia de grupo.Continue sim, pois a dança faz bem para alma.
ResponderExcluirSucesso no seu trabalho.Abraço
Clarice Lagemann