sexta-feira, 7 de março de 2008

Quase tudo na mesma.

Era pra ser mais uma festa como todas as outras. A mesma cidade, o mesmo lugar, as mesmas pessoas, as mesmas bebidas, os mesmos preços e as mesmas cantadas. Na maioria, pessoas conhecidas. Mas algo de engraçado e inusitado ainda iria acontecer até o fim da balada.

Enquanto circulava sinto algo me empurrando pelo lado direito do quadril. Quando paro para investigar o que era aquilo, percebo que era um ser masculino, mas não vejo seu rosto, e sim sua bunda. Nossa, eu levei uma bundada? Primeiro achei que era engano. Ele poderia estar dançando e sem querer me empurrou, mas depois, ao longo da noite, recebi mais alguns estranhos empurrões do homem loiro, barba por fazer, porte médio, bem vestido. É, algo inusitado. Normalmente os homens chegam com aquele jeito de garanhões baratos fazendo as perguntas de sempre: “qual teu nome, quer dançar, vem sempre aqui”.

Eu até que estava interessada em saber o motivo daquilo, mas se fosse querer descobrir o porquê, estaria mostrando algum interesse, não na bundada, mas na pessoa. E continuei dançando e rindo das situações inusitadas de uma saída.

O interesse começou a surgir e a aumentar. Começamos a dançar mais próximos e a trocar olhares. Mas eu queria conhecer mais aquela pessoa, que chamou atenção de uma forma estranha, diferente, inusitada. Ai que vergonha, eu não vou conseguir. Mais um tempinho e eu tomo coragem.

De repente eu não o vejo mais. Bom, já eram 5 horas da manhã. O local já estava quase vazio. Ele deve ter ido embora. E como aquela situação tinha sido a expectativa da noite, meu estímulo de continuar lá também não era mais o mesmo.

Para minha surpresa, quando estou na rua esperando a carona, o gatão passa de carro e me nota ali parada, mas em vez de uma busina, ou um grito, ele resolve mostrar a língua. Só para me deixar mais atordoada e culpada por não ter ido perguntar o motivo da perseguição.

Agora só me resta esperar. Esperar para um próximo encontro e uma próxima bundada.

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