segunda-feira, 10 de março de 2008

Tempo Certo.

Oba, hoje é sexta-feira! Como é bom saber que a semana está acabando e poderei ter dois dias de folga. Só que antes disso, aquela aula no turno da noite.

Bom, tenho que terminar de fazer a faxina, resolver o problema do vazamento, tomar banho e arrumar a mala básica que irá fazer um passeio junto comigo pra aula. Já que o espaço da mala é restrito, escolho uma roupa que combine com o sapato, que iria ocupar mais espaço na bagagem, para usar.

Tudo pronto. Estou com sapato de salto agulha e bico fino. O meu trajeto é simples: saio do apartamento, pego o elevador, atravesso toda Salgado, dobro na Borges em direção à estação Mercado do Trensurb. Desço escada, subo escada. Se não fosse o detalhe da mala, estaria tudo certo, tirando o do sapato que já começava a incomodar.

Entro no trem. Aquela correria para disputar a tapas os poucos bancos para sentar. Eu com aquela mala não iria conseguir um lugar nunca. Eram quatro filas de pessoas para a disputa do empurra-empurra e do corre-corre. Fui, então, uma das últimas a entrar para que pelo menos conseguisse me apoiar na porta que fecharia em todo o trajeto. Após a partida do trem, tive a brilhante idéia de sentar em cima da mala, que só atrapalhava e ocupava espaço.

Estava eu lá. Com dor nos pés, cansada, suada, mas pelo menos sentada. Meu objetivo era chegar logo na aula. E pareceu a viagem mais longa da minha vida. As coisas são sempre contrárias: quando queremos que passe rápido, passa devagar. E quando queremos que o tempo pare, ele corre.

De repente, a voz do alto falante anuncia: Estação Luiz Pasteur. Penso então: oba, já está chegando. Falta a Sapucaia e depois é a Unisinos. E de repente a voz anuncia: -Desculpa, Estação São Luís/ Ulbra.

É, poderia ser a Luiz Pasteur, mas como nem tudo em nossa vida é como desejamos, tive que esperar. Esperar o tempo certo pra chegar ao destino desejado. E infelizmente isso não é só nos trilhos do trem.

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